PEQUIM — A China anunciou nesta semana a descoberta da jazida de urânio do tipo arenito com valor industrial mais profunda já registrada no mundo. Localizada a 1.820 metros de profundidade na Bacia do Tarim, região desértica e remota da província de Xinjiang, o achado representa um marco técnico e estratégico para o setor energético chinês.
Segundo comunicado da China National Nuclear Corporation (CNNC), a jazida foi identificada em camadas geológicas até então pouco exploradas, em uma área desabitada e de difícil acesso. A descoberta só foi possível graças ao uso de tecnologias avançadas de mapeamento, como imagens de satélite, levantamentos aéreos e perfuração ultraprofundas, além de um modelo geológico preditivo desenvolvido por cientistas do Instituto de Geologia do Urânio de Pequim.
O tipo de urânio encontrado — arenito — é considerado mais acessível à extração química e apresenta alto valor industrial. A CNNC afirma que o projeto foi conduzido com um sistema de exploração integrado, ecológico e eficiente, voltado para regiões áridas como a de Tarim.
A descoberta ocorre em um momento de crescente atenção global à energia nuclear, com países buscando alternativas de baixo carbono para suas matrizes energéticas. Para especialistas, a nova jazida fortalece a autossuficiência energética da China, reduzindo a dependência de importações e consolidando o país como líder na mineração profunda de recursos estratégicos.
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