O que motivou a mudança?
A decisão ocorre sete meses após a queda do regime de Bashar al-Assad, deposto em dezembro de 2024 após anos de guerra civil e pressão internacional. O novo governo, liderado por Ahmed al-Sharaa, ex-comandante do grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS), sinalizou uma abertura para reformas políticas e aproximação com potências ocidentais — inclusive com os Estados Unidos.
Segundo Trump, “a nova liderança síria demonstrou disposição para se unir à comunidade internacional e colaborar com os esforços de estabilização no Oriente Médio”.
Sanções derrubadas
A ordem executiva:
- Revoga cinco decretos presidenciais anteriores que sustentavam as sanções.
- Cancela a emergência nacional declarada em 2004 que justificava as restrições econômicas.
- Exclui a Síria da lista de Estados Patrocinadores do Terrorismo, onde estava desde os anos 1980.
- Remove o HTS da lista oficial de organizações terroristas estrangeiras, sob alegação de reestruturação e desmilitarização.
Efeitos geopolíticos imediatos
A revogação tem potencial de:
- Acelerar a reconstrução econômica da Síria, devastada por mais de uma década de guerra.
- Atrair investimentos de aliados regionais ligados aos Acordos de Abraão, como Emirados Árabes Unidos e Bahrein.
- Alterar o equilíbrio de poder na região, levando países como Irã e Turquia a revisarem sua presença na Síria.
Reações divididas
Enquanto aliados de Washington na Europa elogiaram o gesto como “audacioso, porém pragmático”, grupos de direitos humanos expressaram preocupações sobre a legitimidade democrática do novo governo sírio, composto por ex-líderes insurgentes.
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