Um momento de alta voltagem marcou o depoimento do ex-ministro da Defesa Aldo Rebelo ao Supremo Tribunal Federal, em 23 de maio de 2025, durante investigação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro. Em um vídeo liberado pelo STF no dia 3 de junho de 2025, é possível acompanhar o instante em que o ministro Alexandre de Moraes, com firmeza, adverte Rebelo sobre a possibilidade de prisão por desacato.
A discussão começou quando Rebelo, arrolado como testemunha de defesa do ex-comandante da Marinha Almir Garnier, tentou contextualizar a expressão "estou à disposição", supostamente dita por Garnier a Bolsonaro. Para o ex-ministro, tratava-se de uma figura de linguagem comum no português, comparável a dizeres como "estou frito" ou "estou apertado". Moraes, porém, cortou a argumentação, questionando se Rebelo esteve presente na reunião em que a frase foi proferida. Diante da negativa, o magistrado exigiu que ele se limitasse aos fatos.
Rebelo retrucou, defendendo seu direito de interpretar a língua portuguesa: "Minha visão sobre o idioma é pessoal e não aceito censura." A resposta provocou uma reação imediata de Moraes, que alertou: "Se o senhor não se comportar, será detido por desacato. Responda à pergunta: sim ou não?"
O episódio, que rapidamente ganhou destaque na imprensa, expõe a tensão entre os limites da liberdade de expressão e a condução de interrogatórios judiciais. O vídeo, amplamente repercutido, está disponível em portais de notícias e reflete um capítulo marcante dessa investigação.
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