Irã negocia compra de caças J-10C da China enquanto aguarda entrega dos Su-35 russos

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Em meio à crescente tensão regional e aos atrasos na entrega de armamentos russos, o Irã iniciou negociações avançadas com Pequim para adquirir até 40 unidades dos caças J-10C, de fabricação chinesa. A informação foi confirmada por fontes ligadas ao Ministério da Defesa iraniano em 26 de junho de 2025, após uma visita oficial do brigadeiro-general Aziz Nasirzadeh à China.

A possível compra representa uma mudança estratégica importante na composição da força aérea iraniana, que atualmente opera uma frota envelhecida composta por aeronaves como F-4 Phantom, F-14 Tomcat e MiG-29. Com essa nova movimentação, Teerã demonstra buscar alternativas diante da lentidão na entrega dos Su-35 russos, adquiridos em contrato firmado em 2023, mas ainda não recebidos.

China ou Rússia: o que está em jogo?

Para além da geopolítica, a disputa entre os dois modelos levanta uma questão técnica: qual caça melhor se adapta às necessidades do Irã em 2025?

Veja o comparativo:

Especificação J-10C (China) Su-35 (Rússia)
Tipo Caça leve multifunção Caça pesado multifunção
Geração 4++ 4++
Motor 1x WS-10B (ou AL-31FN) 2x AL-41F1S
Radar AESA KLJ-7A PESA Irbis-E
Velocidade Máxima Mach 2.0 Mach 2.25
Alcance estimado ~1.200 km ~1.600 km
Manobrabilidade Alta (canards e fly-by-wire) Altíssima (vetoração de empuxo)
Carga útil ~6.000 kg ~8.000 kg
Armamento principal Mísseis PL-15 (BVR), PL-10 (curto alcance) Mísseis R-77, R-73, Kh-31
Preço estimado US$ 40–50 milhões US$ 65–85 milhões
Status no Irã Negociação aberta Contrato assinado; entrega atrasada

Viabilidade ou superioridade?

O J-10C surge como alternativa viável no curto prazo: de custo mais baixo, entrega potencialmente mais rápida e integração facilitada com sistemas chineses — tecnologia já testada por parceiros como o Paquistão.

Já o Su-35, apesar de atrasos, ainda é considerado um caça superior em desempenho, alcance e poder de fogo. O problema está na entrega: com a Rússia concentrada na guerra da Ucrânia e sob sanções internacionais, o cumprimento de contratos de exportação tem enfrentado obstáculos logísticos e diplomáticos.

Reforço necessário

Independentemente da escolha final, fontes militares apontam que o Irã deve urgentemente renovar sua capacidade aérea, considerada defasada frente aos padrões da região. A chegada de qualquer um dos modelos representaria um salto tecnológico significativo, colocando a Força Aérea Iraniana em novo patamar frente a seus rivais.

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