A crescente tensão no Oriente Médio ganhou um novo capítulo com a advertência da China ao Irã sobre a ameaça de bloqueio do Estreito de Hormuz — uma das rotas marítimas mais estratégicas do planeta. Em comunicado firme, Pequim declarou que “as águas do Golfo Pérsico e arredores são rotas críticas e devem permanecer abertas e estáveis”, sinalizando que qualquer tentativa de interdição terá repercussões globais.
A advertência surge após o Parlamento iraniano aprovar uma resolução que autoriza o fechamento do estreito em resposta aos recentes ataques dos Estados Unidos contra instalações nucleares iranianas. Embora a medida ainda dependa do aval do líder supremo Ali Khamenei, o gesto já provocou reações em cadeia nos mercados e entre potências globais.
Por Hormuz passam diariamente cerca de 20 milhões de barris de petróleo — aproximadamente 30% do comércio marítimo mundial da commodity. A China, que importa mais de 40% de seu petróleo por essa rota, seria uma das mais afetadas por qualquer interrupção. Especialistas alertam que, caso o Irã utilize minas navais ou mísseis para bloquear o tráfego, o impacto seria devastador para a economia global, elevando os preços da energia e pressionando cadeias produtivas em todo o mundo.
Apesar de manter laços estratégicos com Teerã, a China deixou claro que não tolerará ações que ameacem sua segurança energética. O episódio revela os limites da solidariedade geopolítica quando confrontada com interesses econômicos vitais — e reforça o papel do Estreito de Hormuz como peça-chave no xadrez global da energia.
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