Na manhã de 16 de abril de 2014, uma tragédia abalou a Coreia do Sul com o naufrágio da balsa Sewol, que levava 476 pessoas, incluindo mais de 300 estudantes do ensino médio em uma viagem escolar para a ilha de Jeju, um destino turístico popular. A embarcação, que partiu do porto de Incheon na noite anterior, emitiu um sinal de socorro por volta das 9h (horário local) perto da ilha de Byungpoong, na costa sul do país, e afundou em apenas duas horas.
As operações de resgate foram intensas, mas desafiadoras. Mergulhadores das forças especiais sul-coreanas, equipados com iluminação especial, enfrentaram a escuridão da noite e a baixa visibilidade causada pela água barrenta, com temperatura de apenas 12°C. Barcos de pesca, navios mercantes e a guarda costeira se uniram ao esforço, resgatando 164 pessoas, das quais 78 eram estudantes. Inicialmente, autoridades reportaram 368 resgatados, mas o número foi corrigido. Quatro mortes foram confirmadas, incluindo um estudante e uma tripulante, enquanto 291 pessoas permaneciam desaparecidas.
A balsa, com 6.825 toneladas, inclinou-se drasticamente a mais de 45 graus antes de virar quase completamente, deixando apenas uma pequena parte acima da água. Sobreviventes relataram que o navio parou abruptamente, como se tivesse colidido com algo, apesar do clima favorável. As causas do acidente ainda eram incertas na época, mas o cenário era desolador. Cho Yang-Bok, um dos responsáveis pelo resgate, expressou pessimismo sobre a chance de encontrar sobreviventes presos no interior da embarcação.
A maioria dos passageiros era de estudantes de uma escola em Ansan, ao sul de Seul, acompanhados por 14 professores. A presidente Park Geun-Hye, em visita ao centro de emergência em Seul, lamentou a tragédia, especialmente pelo envolvimento de jovens em uma viagem escolar, e pediu esforços máximos nas buscas. Enquanto isso, pais angustiados se reuniam na escola, aguardando notícias e tentando contato com os filhos.
Imagens aéreas mostraram passageiros com coletes salva-vidas em botes infláveis ou deslizando pelo casco inclinado da balsa, em cenas de desespero e esperança. O naufrágio da Sewol, um dos piores desastres marítimos da história sul-coreana, expôs falhas de segurança e gerou comoção nacional. Anos depois, investigações apontariam sobrecarga, má gestão da carga e negligência da tripulação como fatores decisivos.
Essa tragédia serve como um lembrete da importância de rigorosas normas de segurança no transporte marítimo. Nossos pensamentos estão com as vítimas e suas famílias.
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