A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, foi submetida a uma cirurgia na manhã de terça-feira, 8 de outubro, para tratar um hematoma subdural, identificado após sintomas como formigamento e perda de força no braço esquerdo. A operação, considerada simples e de bom prognóstico, foi realizada após a detecção de um hematoma crônico, possivelmente causado por um traumatismo craniano sofrido em agosto.
O procedimento, que dura cerca de 45 minutos, consiste na remoção do sangue acumulado entre o cérebro e o crânio, seguido da colocação de um dreno. Cristina deverá ficar afastada por cerca de um mês, período que coincide com as eleições legislativas de meio de mandato, marcadas para 27 de outubro. Durante sua recuperação, o vice-presidente Amado Boudou assumirá a Presidência.
A ausência de Cristina ocorre em um momento politicamente delicado, com desafios como a crise da dívida argentina e especulações sobre uma possível reforma constitucional para permitir sua reeleição em 2015. Eleita pela primeira vez em 2007, Cristina foi reeleita em 2011 com políticas que ampliaram o papel do governo na economia, mas que também isolaram a Argentina dos mercados internacionais.
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