Deputado Aelton Freitas é Flagrado Ensinando Compra de Votos e Difamação em Campanha Eleitoral

Roberto Farias
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Em um vídeo gravado durante a campanha eleitoral de 2012 em Capetinga, interior de Minas Gerais, o deputado federal Aelton Freitas (PR-MG) aparece dando uma “aula” sobre como vencer eleições utilizando práticas ilícitas, como a compra de votos e a difamação de adversários. A gravação, revelada pelo programa Fantástico, mostra o parlamentar, que já ocupou o cargo de senador no lugar de José Alencar, detalhando estratégias para manipular o pleito.
Aelton explica a técnica do “cartãozinho”, um método de compra de votos. “Vamos fazer 200 cartõezinhos para prefeito. Pegamos 20 amigos confiáveis, cada um com dez cartões. Esse cartãozinho vale R$ 100, mas só paga se o candidato for eleito”, orienta. Ele também ensina como espalhar boatos para prejudicar adversários, sugerindo que “três ou quatro pessoas” disseminem fofocas em locais públicos para desestabilizar candidatos como Daniel, um dos concorrentes. “A cúpula da campanha finge que não sabe. Baixa o retrovisor e esquece o adversário”, completa.
O deputado ainda admite usar emendas parlamentares para beneficiar municípios onde obtém mais votos, reforçando a troca de favores políticos. Segundo eleitores locais, a compra de votos é prática comum na região, com oferendas como cestas básicas, materiais de construção e botijões de gás. Uma eleitora revelou que o candidato Donizete do Escritório, derrotado na eleição, teria pago R$ 200 por voto antecipadamente, acreditando na vitória. Donizete negou as acusações, alegando estar à frente nas pesquisas e sem necessidade de suborno.
Confrontado, Aelton Freitas justificou o vídeo como uma “brincadeira” em uma reunião fechada, afirmando que não sabia estar sendo gravado. “Falei coisas que não devia, fiz piadas de mau gosto, mas pedi desculpas no final. Nunca comprei votos”, defendeu-se, comparando suas falas a piadas ofensivas que poderiam gerar processos. O vídeo foi entregue anonimamente ao Ministério Público de Minas Gerais, que o encaminhou à Procuradoria Geral da República para investigação.

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