Um problema técnico em uma turbina de um avião KC-137 (Boeing 707) da Força Aérea Brasileira (FAB) impediu a decolagem de 143 militares que retornavam ao Brasil após missão de paz no Haiti, no último domingo, 26 de maio de 2013 comerciantes na pista do Aeroporto Internacional Toussaint Louverture, em Porto Príncipe. O incidente ocorreu por volta das 15h30 (horário de Brasília), quando a aeronave, que seguia para Manaus (AM), enfrentou uma falha durante a corrida de decolagem, forçando o piloto a abortar o voo. A manobra resultou na quebra do trem de pouso dianteiro, deixando o avião “de barriga” na pista.
A bordo estavam 131 passageiros e 12 tripulantes, todos membros do 17º contingente do Exército Brasileiro na Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah). Felizmente, ninguém se feriu. Os militares, que concluíram seis meses de serviço na operação de paz, foram encaminhados de volta à Base General Bacellar, sede brasileira no Haiti, onde passaram a noite.
Segundo o coronel Paulo Queirós, do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), a falha na turbina não causou explosão, mas levou à derrapagem da aeronave, culminando na quebra do trem de pouso. O KC-137, apelidado de “Sucatão” por seu uso antigo no transporte presidencial, bloqueou a única pista do aeroporto por algumas horas, mas a Minustah informou que a retirada da aeronave foi realizada rapidamente, normalizando as operações no terminal.
O Comando-Geral de Operações Aéreas (Comgar) da FAB, com apoio do Cenipa, investigará as causas do incidente, conforme anunciou o brigadeiro Carlos Lourenço, chefe do Cenipa. Ainda não há previsão para o voo de retorno dos soldados.
O Brasil participa da Minustah desde 2004, após a crise política que destituiu o ex-presidente Jean-Bertrand Aristide, contribuindo para a estabilização do país. A missão, no entanto, encerrou suas operações em abril de 2013, com a redução do contingente da ONU.
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