Um esquema de concessão ilegal de licenças ambientais levou à prisão de diversas pessoas e ao afastamento de altos cargos públicos no Rio Grande do Sul e em Porto Alegre. A operação conduzida pela Polícia Federal envolveu 150 agentes e cumpriu mandados de busca e apreensão em vários órgãos ambientais do estado.
Entre os investigados está Carlos Fernando Niedersberg, então secretário do Meio Ambiente, afastado por determinação do governador Tarso Genro. Mesmo em viagem a Israel, Genro foi informado pela Polícia Federal sobre a prisão do secretário, que é suspeito de envolvimento no esquema de recebimento de propina para liberar autorizações ambientais de maneira irregular.
O impacto da investigação também atingiu Porto Alegre, onde o prefeito José Fortunati afastou o secretário municipal do Meio Ambiente, Luiz Fernando Zachia, após sua prisão ser confirmada pela PF. A prefeitura divulgou uma nota oficial determinando o afastamento de todos os servidores públicos citados na investigação, até que a apuração seja concluída.
A investigação revelou um modelo de corrupção na concessão de licenças, onde empresários conseguiam autorizações de forma acelerada mediante pagamento. Segundo o delegado Thiago Machado, algumas liberações chegavam a ser realizadas em apenas uma tarde, sem atender aos requisitos legais.
Até o momento, a Polícia Federal confirmou a prisão de 18 pessoas nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, com suspeitas de envolvimento em corrupção, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e crimes ambientais. A operação se estendeu a várias cidades, incluindo Porto Alegre, Canoas, Pelotas e Florianópolis.
Com dezenas de processos sendo analisados por perícia técnica, o caso evidencia a necessidade de maior fiscalização na emissão de licenças ambientais e reforça a importância da transparência na administração pública.
Não deixe de comentar !!!!!!