Em 10 de janeiro de 2013, um voo da Qantas de Cairns, Austrália, para Port Moresby, Papua-Nova Guiné, virou notícia mundial por um passageiro inusitado: uma píton-arbórea de três metros foi flagrada agarrada à asa da aeronave. O momento, digno de um filme de ação, foi gravado por um passageiro, Robert Weber, e rapidamente se espalhou pela internet.
A cobra enfrentou condições extremas durante o voo de quase duas horas, com ventos de até 400 km/h e temperaturas de -12°C. Apesar de tentar se abrigar na estrutura da asa, o réptil não sobreviveu e foi encontrado morto ao pousar. Especialistas sugerem que a píton, comum na Austrália, pode ter se escondido na baia do trem de pouso ou na asa enquanto o avião estava em solo, possivelmente atraída pelo calor ou buscando abrigo.
A Qantas garantiu que o incidente não afetou a segurança do voo e destacou que nunca havia enfrentado algo assim. Paul Cousins, da Associação Australiana de Engenheiros de Aeronaves, explicou que a cobra provavelmente acessou a asa pelo trem de pouso, mas não havia risco de ela entrar na cabine. Os passageiros, surpresos, acompanharam a cena sem pânico, mas com tristeza pela luta da cobra.
Autoridades de Papua-Nova Guiné, preocupadas com a possibilidade de a píton ser uma espécie invasora, provavelmente a destruíram por questões de quarentena. O caso, que remete ao filme Snakes on a Plane, marcou a aviação como um dos incidentes mais curiosos de 2013.
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