Na noite de 26 de setembro de 2012, o ex-policial militar Florisvaldo de Oliveira, conhecido como Cabo Bruno, foi executado em Pindamonhangaba (SP). O crime ocorreu por volta das 23h45, enquanto ele retornava para casa após participar de um culto religioso em Aparecida (SP). Dois homens se aproximaram e dispararam cerca de 20 tiros, atingindo principalmente seu rosto e abdômen. Os familiares que o acompanhavam saíram ilesos, e nada foi roubado, reforçando a hipótese de execução premeditada.
Cabo Bruno havia sido libertado há apenas 35 dias, após cumprir 27 anos de prisão, beneficiado pela lei do indulto pleno. Condenado a 120 anos de prisão, ele foi acusado de chefiar um esquadrão da morte na periferia de São Paulo durante a década de 1980, sendo responsabilizado por mais de 50 assassinatos, dos quais foi condenado por 17. Durante seu tempo na penitenciária, trabalhou e apresentou bom comportamento, o que contribuiu para a redução progressiva de sua pena.
Desde sua primeira prisão em 1983, Florisvaldo passou por diversas unidades carcerárias e fugiu três vezes, sendo recapturado em 1991. Nos anos finais de sua pena, atuou como pastor dentro da Penitenciária Doutor José Augusto César Salgado (P2 de Tremembé). Seu processo de liberdade começou em 2009, quando seu advogado solicitou a progressão de regime, e foi concluído com parecer favorável do promotor responsável. Após sua saída definitiva em 23 de agosto de 2012, ele buscava recomeçar a vida ao lado de sua esposa.
A Polícia Militar identificou o uso de pistolas calibre .45 e .380 no crime, mas ainda não esclareceu os motivos ou os autores. O caso segue sob investigação da Polícia Civil, enquanto o corpo de Cabo Bruno permanece no Instituto Médico Legal de Pindamonhangaba.
A morte de Cabo Bruno encerra uma trajetória marcada por violência, fugas, conversão religiosa e tentativas de reintegração à sociedade, deixando um legado de polêmicas e reflexões sobre justiça.
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