Menina de 11 Anos Morre Baleada em Operação do Bope no Rio

Roberto Farias
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Uma tragédia abalou a comunidade da Quitandinha, em Costa Barros, subúrbio do Rio de Janeiro, na sexta-feira, 27 de julho de 2012. Uma menina de 11 anos, identificada como Bruna, faleceu por volta das 21h30 após ser baleada durante uma operação do Batalhão de Operações Especiais (Bope), segundo confirmação da Secretaria Estadual de Saúde. O disparo atingiu o abdome da criança por volta das 13h40. Ela foi inicialmente socorrida na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Costa Barros e, em seguida, transferida para o Hospital Carlos Chagas, em Marechal Hermes, também no subúrbio, onde passou por cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos.
De acordo com a Polícia Militar, a ação do Bope foi desencadeada após denúncias de moradores sobre a presença de líderes do tráfico na região, supostamente ligados a um ataque à Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) de Nova Brasília. A PM relatou que Bruna, assustada com os disparos, separou-se da mãe e foi atingida ao cruzar a rua. A mãe, desesperada, pediu ajuda aos policiais para socorrer a filha. Ainda não há clareza sobre a origem do tiro que vitimou a menina, mas policiais do Bope afirmaram que o disparo partiu de traficantes.
A Polícia Militar declarou que "todas as possibilidades serão investigadas" para esclarecer o caso. A tragédia gerou revolta na comunidade, e, por volta das 16h30, moradores da Quitandinha protestaram, tentando incendiar cinco ônibus, que tiveram alguns pneus parcialmente queimados. O caso expõe, mais uma vez, os riscos de operações policiais em áreas densamente povoadas e reacende o debate sobre a segurança de civis, especialmente crianças, em meio a confrontos no Rio de Janeiro.

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