Ribeirão Pires: Pai Lamenta Morte de Filho em Acidente com Jet Ski

Roberto Farias
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Um acidente devastador na represa de Ribeirão Pires, no ABC Paulista, tirou a vida de Mitchill Guilherme Pereira de Carvalho, de 9 anos, no último domingo (26). O menino estava em um bote inflável puxado por um jet ski pilotado por seu pai, Antonio Edvan Moreira de Carvalho, quando colidiu contra uma pilastra de uma ponte. Em entrevista ao jornalista César Tralli, exibida no Bom Dia São Paulo desta quarta-feira (29), o pai, arrasado, revelou que só conduziu o equipamento para realizar o desejo insistente do filho.
“Ele queria ir de qualquer jeito. Algo me dizia pra não ir, mas cedi ao pedido dele”, desabafou Antonio, visivelmente abalado. “Eu não queria puxar o bote, mas ele insistiu. Às vezes, a gente quer agradar o filho e acaba cometendo um erro sem perceber.” O pai lamentou: “Se eu pudesse voltar no tempo ou pular essa fase, eu faria qualquer coisa pra superar isso.”
Hospedado com a esposa na casa de parentes em Praia Grande, na Baixada Santista, o casal tenta lidar com a perda. Segundo eles, Mitchill amava água e implorou pelo passeio. Antonio, que pilotava um jet ski emprestado, admitiu ter pouca experiência com o equipamento, tendo o usado apenas uma vez antes. Ele também confessou não saber que era necessária habilitação para operar o jet ski em represas, embora tivesse ciência dessa exigência em praias.
No momento do acidente, Antonio puxava o bote com Mitchill e um primo a bordo, usando uma corda amarrada ao jet ski. Ele afirmou que não estava em alta velocidade e que havia consumido apenas meia lata de cerveja. O passeio, que durou menos de dez minutos, terminou em tragédia quando o bote colidiu com a pilastra. “Acho que foi a marola de outro jet ski que passou em sentido contrário”, especulou o pai.
Após a batida, o primo caiu na água, enquanto Mitchill permaneceu no bote, desacordado. Antonio o resgatou, levou-o à margem e correu para o hospital, mas o menino não resistiu, apesar de seu coração ainda estar batendo ao chegar. O pai foi indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, e chegou a ser preso, mas pagou fiança. “Não há punição maior do que o remorso que sinto”, declarou, consumido pela culpa.


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