Em um esforço para pôr fim a sete meses de intensos conflitos, o governo da Síria aceitou, nesta quarta-feira (2), um plano da Liga Árabe que inclui a retirada de tropas de cidades e áreas residenciais, além da libertação de opositores presos. O anúncio foi feito no Cairo pelo primeiro-ministro do Qatar, Sheikh Hamad bin Jassim al-Thani, que expressou a expectativa de que as medidas sejam implementadas imediatamente. Em comunicado, ele detalhou que a Síria se comprometeu a encerrar completamente a violência, soltar prisioneiros, remover forças militares das ruas e permitir o acesso irrestrito da Liga Árabe e da imprensa para monitorar a situação no país.
A Liga Árabe também se propôs a mediar o diálogo entre o governo de Bashar al-Assad e a oposição, com o objetivo de iniciar um diálogo nacional em até duas semanas. Na véspera, a Síria já havia sinalizado sua adesão ao acordo, que ganhou forma após uma reunião em Doha, no domingo, entre uma delegação da Liga, liderada pelo Qatar, e o ministro sírio de Relações Exteriores, Walid Muallem. O plano exige o fim imediato da violência, que, segundo estimativas da ONU, já deixou cerca de 3 mil mortos desde o início da repressão aos protestos em 2011. A comunidade internacional acompanha com atenção os próximos passos, na esperança de que o acordo traga alívio a uma crise humanitária e política em escalada.
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