Na quinta-feira (24), uma grande operação foi desencadeada no estado do Rio de Janeiro para desmantelar um esquema de fraude no sistema previdenciário. As ações, denominadas Miragem e Caixa Preta, revelaram uma quadrilha que utilizava dados de vítimas de acidentes aéreos para obter pensões por morte de forma irregular.
Os criminosos se passavam por parentes de pessoas falecidas em tragédias como o choque entre o avião da Gol e o jato Legacy, a queda do avião da Air France e o acidente com o Boeing da TAM em São Paulo. Se aproveitando do fato de que muitas vítimas não haviam deixado dependentes, conseguiam aprovar requerimentos fraudulentos para obter benefícios.
Cerca de 160 agentes da Polícia Federal e técnicos da Previdência Social participaram da operação, cumprindo 17 mandados de prisão preventiva e 28 de busca e apreensão. Entre os investigados, cinco são servidores do INSS. Até o início da tarde de quinta, 16 suspeitos já haviam sido detidos.
As investigações começaram há um ano e identificaram cerca de 160 benefícios fraudulentos ou com indícios de irregularidade. Além das pensões, os envolvidos também utilizavam os benefícios obtidos para solicitar empréstimos consignados, ampliando o prejuízo aos cofres públicos, estimado em R$ 3 milhões.
O caso levanta discussões sobre a segurança dos sistemas previdenciários e a necessidade de maior fiscalização para impedir que grupos criminosos explorem brechas e comprometam recursos destinados a quem realmente precisa.
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