São Paulo Vira Palco de Zumbis no Dia de Finados

Roberto Farias
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O Centro de São Paulo foi tomado por zumbis, vampiros, bruxas e açougueiros na Zombie Walk, evento que celebra o Dia de Finados desde 2006 na cidade, sob o lema “quem é morto sempre aparece”. A marcha, que teve sua primeira edição mundial em 2001 na Califórnia, EUA, reuniu centenas de participantes fantasiados em um trajeto que partiu da Praça do Patriarca, passando pelo Viaduto do Chá, ruas Barão de Itapetininga e Dom José de Barros, Viaduto Santa Ifigênia e Rua Líbero Badaró, até o Vale do Anhangabaú, onde se dispersou no fim da tarde. Em 2011, a caminhada marcava seu quinto ano na capital paulista, consolidando-se como uma tradição divertida e macabra.
Uma banda de rock agitava os “moribundos” na Praça do Patriarca, onde personagens como noivas cadavéricas e matadores com serras elétricas se destacavam. Lidineide Bueno, manicure de 31 anos, participou como “Amy zumbi”, homenageando Amy Winehouse, morta em julho daquele ano, com uma ferida na bochecha feita de cola, papel higiênico e “sangue comestível” doce. Brenda Shedelba, de 17 anos, fantasiada de cozinheira dos anos 50, levou “cupcakes de cérebro” de bolo de abacaxi com chocolate branco, vendidos a R$ 3, mas com pouca procura: “As pessoas têm medo de comer”, disse, rindo.
Nem todos curtiram a festa. Michael, de 9 anos, assustou-se com as fantasias e chorava nos braços da mãe, Yara Cecília, de 25 anos, que decidiu ir embora. Já Mikhael Igor, de 8 anos, aproveitou como zumbi, com rosto pintado e camisa rasgada, incentivado pela mãe, Elis Ribeiro, de 29 anos, que levou a família após gostar do evento no ano anterior. A Zombie Walk de 2011 transformou o luto de Finados em celebração criativa, contrastando com a violência urbana de São Paulo, que, como em 2008, enfrentava assaltos a vans e a guerra do tráfico.

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