O governo do Paquistão expressou sua indignação após um ataque aéreo conduzido por forças da Otan no Afeganistão, que resultou na morte de 26 soldados paquistaneses.
O incidente, ocorrido em novembro de 2011, gerou uma crise diplomática entre Islamabad e Washington, levando o Paquistão a tomar medidas firmes para demonstrar sua insatisfação e reforçar sua soberania.
O governo paquistanês considerou o bombardeio uma ação injustificável e exigiu explicações imediatas por parte dos aliados ocidentais.
Além da manifestação diplomática, o governo ordenou que os Estados Unidos desocupem a Base Aérea de Shamsi, localizada na província de Baluchistan, utilizada para operações de drones americanos.
O prazo para a retirada foi estipulado em 15 dias. Outra ação tomada pelo Paquistão foi o bloqueio total dos comboios de abastecimento da Otan que transitam pelo território paquistanês, dificultando o suporte logístico das tropas aliadas no Afeganistão.
Esse ataque ocorreu em um momento de crescente tensão entre o Paquistão e os Estados Unidos, especialmente devido às operações militares americanas na região.
O governo paquistanês já havia demonstrado insatisfação com ataques anteriores que resultaram na morte de civis e militares paquistaneses.
A relação entre os dois países se deteriorou ainda mais após a operação que levou à morte de Osama bin Laden em Abbottabad, em maio de 2011, sem o conhecimento prévio das autoridades paquistanesas.
A resposta do Paquistão ao ataque da Otan foi considerada uma das mais duras até então, refletindo a frustração do país com a interferência estrangeira em seu território. O fechamento das rotas de abastecimento da Otan teve impacto significativo nas operações militares no Afeganistão, forçando os aliados ocidentais a buscar alternativas logísticas.
Esse episódio marcou um ponto crítico nas relações entre Paquistão e Estados Unidos, influenciando a política externa dos dois países nos anos seguintes. A crise diplomática gerada pelo ataque reforçou o debate sobre a soberania nacional e os limites das operações militares internacionais.
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