A Polícia Federal do Rio de Janeiro revelou um esquema de corrupção que causou um prejuízo estimado em R$ 148 milhões aos cofres públicos. A investigação, batizada de Operação Voo Livre, expôs a atuação de servidores da Receita Federal e policiais federais no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), facilitando a entrada de mercadorias sem a devida fiscalização.
Segundo as autoridades, 12 servidores da Receita, três policiais federais e mais de 100 pessoas estariam envolvidos no esquema, que permitia a entrada de produtos — principalmente eletrônicos vindos de Miami — sem o pagamento de impostos.
A investigação identificou três modalidades de fraude:
- Caso Amarelo: envio de mercadorias pelos Correios com declarações falsas e sem inspeção por raio-x;
- Caso Astronauta: viajantes que traziam produtos do exterior sem passar por controle alfandegário;
- Caso Atendimento VIP: liberação facilitada de passageiros, sem filas ou fiscalização.
Apesar da gravidade das acusações, até o momento não houve prisões. Três policiais foram afastados, e parte dos servidores da Receita continua atuando no aeroporto, mas em funções diferentes. A operação também cumpriu 39 mandados de busca e apreensão, cujos detalhes seguem sob sigilo judicial.
Os crimes investigados incluem corrupção ativa e passiva, descaminho, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
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