Na manhã de 9 de setembro de 2011, a polícia do Distrito Federal prendeu um servidor da Agência Nacional de Águas (ANA), filiado ao Partido Verde (PV), acusado de pichar 49 placas de trânsito e pontos de ônibus em Brasília. O homem, de 50 anos, também é suspeito de espalhar pichações com a frase "É LOIVAL" em locais estratégicos de rodovias em Goiás e Minas Gerais, supostamente com intenções políticas. Durante a operação, a polícia apreendeu latas de spray, algumas cheias e outras vazias, na casa e no carro do suspeito.
Segundo o delegado João de Ataliba, da 35ª Delegacia de Polícia, em Sobradinho II, o servidor agia movido por ambições eleitorais. “Ele queria se candidatar a um cargo político e usava as pichações para despertar a curiosidade das pessoas”, explicou Ataliba. As investigações, iniciadas em janeiro de 2011, culminaram na abordagem do suspeito em sua residência, no Sudoeste Econômico. No local, foram encontradas latas de spray vazias, enquanto as cheias estavam no veículo, sugerindo que ele planejava continuar as pichações em Minas Gerais naquela sexta-feira.
Em depoimento, o homem negou ser o autor das pichações, mas alegou sofrer de distúrbios psicológicos. “Ele se diz completamente louco e incapaz de dormir, o que reforça a possibilidade de problemas mentais”, relatou o delegado. Apesar das evidências, o suspeito foi liberado após interrogatório, mas responderá por 49 acusações de dano ao patrimônio público, com pena que pode variar de seis meses a três anos de prisão por cada delito. O caso levanta debates sobre vandalismo, motivações políticas e a responsabilidade de servidores públicos.
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