Bombardeios em Gaza Após Ataques Mortais em Eilat: Tensão Escala na Fronteira com o Egito em 2011

Roberto Farias
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Na quinta-feira, 18 de agosto de 2011, a Força Aérea de Israel realizou bombardeios no sul da Faixa de Gaza, horas após uma série de ataques coordenados na região de Eilat, próximo à fronteira com o Egito, que deixaram sete israelenses mortos. O governo de Israel atribuiu os atentados a militantes originários de Gaza, controlada pelo Hamas, alegando que os agressores cruzaram a península do Sinai para entrar em território israelense. No entanto, nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelos ataques, e tanto o Hamas quanto o Egito negaram qualquer envolvimento.
Os bombardeios israelenses, confirmados por militares, atingiram áreas próximas à fronteira entre Gaza e o Egito, mas detalhes sobre alvos específicos não foram divulgados. Fontes palestinas relataram que cinco pessoas morreram nos ataques aéreos, embora a informação não tenha sido verificada de forma independente. A ofensiva foi uma resposta direta aos atentados em Eilat, que começaram por volta das 12h (horário local) e se estenderam por cerca de três horas, resultando em um total de 14 mortos, incluindo sete agressores abatidos pelas forças de segurança israelenses durante uma perseguição.
O primeiro ataque ocorreu quando homens armados, em um carro, abriram fogo contra um ônibus da linha 392 da Egged, que transportava soldados e civis de Beersheba para Eilat. Imagens de TV exibiram o veículo com vidros estilhaçados, a porta danificada e poltronas manchadas de sangue. Uma passageira relatou à imprensa local: “Estava conversando com alguém ao meu lado quando ouvimos tiros. Nos abaixamos imediatamente e percebemos que havia feridos.” Meia hora depois, um segundo ataque atingiu um veículo particular a alguns quilômetros dali. Posteriormente, explosivos foram detonados sob um carro militar que se dirigia ao local do primeiro incidente.
O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, declarou que os ataques tiveram origem em Gaza e prometeu uma resposta enérgica: “Atuaremos com plena força e determinação contra eles.” Barak também criticou o controle egípcio sobre o Sinai, apontando a região como um ponto vulnerável para atividades terroristas. Em contrapartida, o Hamas negou qualquer ligação com os atentados, e uma autoridade egípcia, sob anonimato, afirmou que a segurança na fronteira do Sinai era robusta, rejeitando a narrativa israelense.
Os ataques de Eilat, descritos como uma operação complexa envolvendo 12 militantes em quatro grupos, segundo a Wikipédia, marcaram um dos episódios mais letais na região em anos. A resposta aérea de Israel intensificou as tensões, reacendendo preocupações sobre uma possível escalada do conflito na fronteira entre Gaza, Israel e o Egito.

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