Um caso intrigante e controverso em Manicoré, no interior do Amazonas, tem atraído olhares de cientistas e curiosos do mundo todo. Segundo uma suposta notícia publicada em 25 de julho de 2011, uma jovem de 19 anos estaria grávida de um bebê com DNA de chimpanzé, um fenômeno que desafia a ciência e levanta sérias questões éticas e biológicas. A história, que teria mobilizado médicos e cientistas do Brasil, Japão, Argentina, Estados Unidos e até uma equipe da NASA, ganhou notoriedade após a jovem revelar a gravidez, inicialmente mantida em segredo até o crescimento visível da barriga.
De acordo com o repórter Felipe Fernando Fonseca Fagundes Farias, do site G17.com.br, os pais da jovem, cujo nome foi preservado para evitar constrangimento, relataram reações distintas. A mãe afirmou que só acreditou na história após médicos supostamente confirmarem que o DNA do feto continha traços de chimpanzé. O pai, por sua vez, admitiu ter notado um apego especial da filha pelo animal, mas interpretava como carinho típico por um bicho de estimação. “Ela dormia na cama com o macaco, mas não imaginei que faziam algo demais”, teria dito ele. Enquanto o pai sugeriu, em tom controverso, que a filha deveria se casar com o chimpanzé, a mãe se posicionou contra a ideia, destacando o conflito familiar em torno do caso.
No entanto, a história carece de credibilidade científica. Especialistas apontam que a hibridização entre humanos e chimpanzés, embora especulada em experimentos controversos no passado, é biologicamente improvável devido a diferenças genéticas fundamentais, como o número de cromossomos (23 pares em humanos e 24 em chimpanzés) e incompatibilidades na reprodução. Tentativas históricas, como as do biólogo soviético Ilya Ivanov nos anos 1920, que buscou criar um híbrido humano-chimpanzé por inseminação artificial, falharam em produzir resultados viáveis. Outro caso relatado na China em 1967, onde uma fêmea de primata teria sido impregnada com sêmen humano, também terminou sem sucesso devido à morte do animal. Além disso, alegações semelhantes, como a do psicólogo Gordon Gallup sobre um suposto “humanzee” nascido nos EUA nos anos 1920, carecem de evidências concretas e são amplamente contestadas pela comunidade científica.
A presença de uma equipe da NASA, mencionada na notícia, adiciona um elemento de desconfiança, já que a agência espacial não tem expertise ou envolvimento em casos de biologia reprodutiva. A falta de fontes verificáveis, como relatórios médicos oficiais ou publicações científicas, e a ausência de registros confiáveis sobre o caso em Manicoré sugerem que a história pode ser uma fabricação ou sensacionalismo jornalístico. Até que evidências sólidas sejam apresentadas, o caso permanece no campo da especulação, alimentando debates sobre ética, ciência e o poder das narrativas na mídia.
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