Em um incidente que expôs as tensões na península coreana, militares da Coreia do Sul dispararam contra um avião de passageiros da Asiana Airlines na sexta-feira, 20 de maio de 2011, após confundi-lo com uma aeronave norte-coreana. O episódio, ocorrido próximo à fronteira do Mar Amarelo (Mar Ocidental), foi relatado pela agência de notícias Yonhap, que citou fontes militares. Felizmente, não houve danos à aeronave ou feridos entre os 119 passageiros a bordo, que vinham da China com destino ao Aeroporto Internacional de Incheon, em Seul.
O caso aconteceu na ilha de Gyodong, a 80 quilômetros a oeste de Seul, onde dois fuzileiros navais sul-coreanos, armados com rifles K-2, abriram fogo contra o avião por cerca de dez minutos. Segundo a Yonhap, a aeronave estava fora do alcance dos disparos, a uma distância de 500 a 600 metros, o que evitou uma tragédia. Os militares alegaram que o avião voava ao norte de sua rota habitual, o que levantou suspeitas. No entanto, a Asiana Airlines negou qualquer desvio, afirmando que a rota foi verificada pelo centro de controle das Forças Aéreas e pelo aeroporto, confirmando que não houve anomalias.
A Marinha sul-coreana anunciou que intensificará o treinamento de seus fuzileiros para melhorar a identificação de voos civis, visando evitar incidentes semelhantes no futuro. Além disso, solicitou que as companhias aéreas sigam rigorosamente suas rotas planejadas. O episódio ocorreu em um contexto de alta tensão entre as Coreias, após dois ataques em 2010 atribuídos por Seul à Coreia do Norte, que resultaram na morte de 48 militares e dois civis sul-coreanos.
Esse incidente destaca os riscos da militarização na região do Mar Amarelo, onde a proximidade com a fronteira norte-coreana mantém as forças armadas em alerta constante. A rápida resposta da Asiana Airlines e a ausência de danos reforçam a importância de protocolos claros para evitar erros que poderiam ter consequências catastróficas.
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