Em 2009, um relatório da Inteligência americana revelou preocupações sobre o avanço militar da China e seus esforços de modernização, especialmente na Marinha e na defesa aérea. O então secretário de Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, alertou sobre uma nova ameaça à presença marítima e aérea americana no Pacífico, destacando que o desafio não era apenas o poder bélico chinês, mas sua capacidade de restringir a liberdade de movimento dos EUA na região.
Segundo Gates, a China investiu fortemente em sistemas antiaéreos, marítimos e de guerra contra satélites, além de desenvolver mísseis balísticos que poderiam comprometer a capacidade dos Estados Unidos de proteger seus aliados no Pacífico. A crescente sofisticação das forças militares chinesas alimentou debates entre analistas, que previam que, em breve, a Marinha americana poderia perder sua supremacia nos mares, no espaço e no ciberespaço diante do crescimento acelerado do poder bélico chinês.
O avanço militar da China demonstrou uma estratégia focada na defesa de sua soberania e na projeção de seu poder global, mudando a dinâmica geopolítica na Ásia. O relatório gerou grande repercussão em Washington, impulsionando análises sobre possíveis ajustes na estratégia de defesa dos EUA e na necessidade de fortalecimento das alianças na região.
À medida que o equilíbrio de poder no Pacífico segue se transformando, esse episódio reforça a importância de acompanhar de perto os investimentos militares das grandes potências e suas consequências para a estabilidade global.
Não deixe de comentar !!!!!!