Durante a megaoperação policial nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, surgiram evidências de uma ação coordenada por integrantes do crime organizado para alterar a cena dos confrontos. A ordem teria sido clara: retirar roupas camufladas dos corpos de suspeitos mortos, com o objetivo de distorcer a narrativa dos fatos e enfraquecer a legitimidade da operação policial.
Vídeos captados por drones e câmeras da própria polícia mostram moradores cortando e removendo uniformes táticos dos corpos, além de recolherem armas e equipamentos. Essas imagens, apresentadas em coletiva oficial, revelam uma tentativa de fraude processual, crime previsto no Código Penal Brasileiro, que consiste em modificar provas ou elementos de um crime para enganar a Justiça.
Segundo o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, essa ação foi orquestrada para fazer parecer que os mortos eram civis inocentes, omitindo o contexto de confronto armado. O governador Cláudio Castro reforçou que essa prática visa manipular a opinião pública e desacreditar as forças de segurança, mesmo diante de uma operação que resultou na apreensão de dezenas de fuzis e na prisão de mais de cem suspeitos.
A Polícia Civil já instaurou inquérito para identificar os responsáveis pela manipulação dos corpos e pela tentativa de encobrir a atuação de facções criminosas. A investigação busca responsabilizar não apenas os executores da fraude, mas também os mandantes da ação.
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