O governo do Rio de Janeiro entregou ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, um relatório sigiloso que aponta a atuação da facção criminosa Comando Vermelho em território norte-americano. O documento foi elaborado pela Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Rio e enviado ao consulado americano no Brasil cerca de oito meses antes da megaoperação que deixou 64 mortos nos complexos do Alemão e da Penha.
Segundo fontes ligadas à segurança pública, o relatório detalha conexões internacionais da facção, incluindo tráfico de armas, lavagem de dinheiro e cooptação de redes criminosas locais nos EUA. O governo estadual classificou o Comando Vermelho como uma organização terrorista, buscando apoio internacional para ações conjuntas de combate.
A entrega do relatório ocorre em um momento de aproximação diplomática entre Brasil e Estados Unidos, com Trump em visita à Ásia e reforçando parcerias estratégicas com países aliados. A iniciativa do governo fluminense pode abrir caminho para sanções transnacionais, cooperação em inteligência e ações coordenadas de repressão ao crime organizado.
A megaoperação realizada no Rio, considerada a mais letal da história do estado, reacendeu o debate sobre o poder bélico da facção e sua capacidade de articulação internacional. A tentativa de internacionalizar o combate ao Comando Vermelho representa uma nova fase na política de segurança pública do estado — agora com foco global.
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