Em 21 de outubro de 2025, a Rússia realizou um teste bem-sucedido do míssil de cruzeiro 9M730 Burevestnik, propulsionado por energia nuclear. A arma, que percorreu cerca de 14 mil quilômetros em um voo de aproximadamente 15 horas, foi descrita pelo presidente Vladimir Putin como “invencível” e “sem paralelo no mundo”. Segundo ele, o míssil representa um avanço estratégico inédito, capaz de contornar qualquer sistema de defesa antimíssil existente.
O Burevestnik, cujo nome significa “pássaro da tempestade” em russo, é parte do arsenal de armas estratégicas reveladas pela Rússia nos últimos anos. Seu diferencial está no motor nuclear, que permite um alcance praticamente ilimitado e trajetórias imprevisíveis, dificultando sua interceptação.
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) reagiu com preocupação ao teste. Porta-vozes da aliança classificaram o desenvolvimento como “desestabilizador” e alertaram para os riscos de uma nova corrida armamentista. “Armas com essas capacidades levantam sérias questões sobre segurança global e controle de armamentos”, afirmou um representante da OTAN, destacando a necessidade de diálogo internacional para evitar uma escalada militar.
Especialistas em segurança internacional apontam que o teste do Burevestnik ocorre em um contexto de tensões crescentes entre Moscou e o Ocidente, especialmente após o colapso de tratados históricos de controle de armas, como o INF (Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário). O sucesso do teste reforça a postura assertiva da Rússia em demonstrar sua capacidade tecnológica e militar diante de adversários estratégicos.
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