No último sábado, 27 de setembro de 2025, o Spaten Fight Night 2, realizado na Arca Arena, em São Paulo, terminou em um cenário de caos após a luta principal entre Wanderlei "Cachorro Louco" Silva e Acelino "Popó" Freitas. O que era para ser um confronto épico de boxe entre dois ícones do esporte brasileiro se transformou em uma confusão generalizada, com socos, cadeiras voando e intervenção de seguranças, marcando um dos momentos mais controversos do esporte nacional em 2025.
A luta principal colocou frente a frente Wanderlei Silva, de 48 anos, ex-campeão do Pride e UFC, contra Popó Freitas, tetracampeão mundial de boxe, em um combate de peso combinado. Wanderlei, estreando no boxe profissional, enfrentava Popó, que substituiu Vitor Belfort após uma lesão do ex-campeão do UFC. A tensão já era palpável na pesagem, com provocações e uma diferença de peso significativa (Wanderlei com 93,8 kg contra 73,6 kg de Popó).
No ringue, Popó demonstrou superioridade técnica, conectando combinações precisas, enquanto Wanderlei, conhecido pela agressividade, adotou uma postura mais instintiva. No entanto, o combate foi interrompido no quarto round, quando o árbitro desclassificou Wanderlei por repetidas infrações, incluindo cabeçadas, consideradas golpes ilegais no boxe. A decisão acirrou os ânimos no corner de ambos os lutadores.
O verdadeiro tumulto começou logo após o anúncio da vitória de Popó. Integrantes das equipes dos dois atletas invadiram o ringue, iniciando uma troca de agressões. Um membro do time de Popó acertou um soco em Wanderlei, que caiu desacordado momentaneamente, intensificando a confusão. Fabrício Werdum, ex-campeão do UFC e parte do corner de Silva, tentou intervir, mas a situação escalou com empurrões, cadeiras arremessadas e seguranças lutando para conter a multidão.
Wanderlei foi retirado do ringue com o rosto ensanguentado, exibindo cortes profundos, e recebeu atendimento médico imediato. Apesar do susto, não foram reportadas lesões graves. Popó, por sua vez, lamentou o ocorrido, mas aproveitou para desafiar Vitor Belfort para uma futura revanche, enquanto o público, atônito, misturava vaias e aplausos.
O incidente gerou indignação entre fãs e especialistas, que criticaram a falta de controle no evento e o impacto negativo para a imagem do esporte de combate no Brasil. Nas redes sociais, especialmente no X, o caso foi descrito como “vergonha no ringue” e “um desserviço ao esporte”. Vídeos da briga viralizaram, mostrando a intensidade do confronto fora do combate oficial.
O Spaten Fight Night 2 também teve outras lutas de destaque, como a vitória de Bia Ferreira na defesa de seu título mundial de boxe e o triunfo de Hebert Conceição por decisão unânime. Contudo, o foco permaneceu na polêmica envolvendo Wanderlei e Popó. A Comissão Atlética Brasileira de MMA (CABMMA) pode abrir uma investigação para apurar as infrações e a conduta das equipes.
O Spaten Fight Night 2, patrocinado pela cervejaria Spaten, reuniu celebridades como Chay Suede e Izabel Goulart, com transmissão ao vivo pela TV Globo, SporTV3 e Combate. O evento prometia ser uma celebração do esporte, mas o desfecho controverso levantou debates sobre segurança, regulamentação e o comportamento de atletas e equipes em competições de alto nível.
O episódio no Spaten Fight Night 2 expôs as tensões inerentes a combates de grande visibilidade e a necessidade de maior rigor na organização de eventos esportivos. Para Wanderlei Silva, a estreia no boxe profissional foi marcada por polêmica, enquanto Popó, apesar da vitória, viu sua conquista ofuscada pelo caos. O esporte brasileiro agora enfrenta o desafio de transformar essa controvérsia em aprendizado para futuras competições.
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