Em uma decisão que reacende tensões diplomáticas e levanta sérias questões legais, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou secretamente uma ordem que autoriza o uso das Forças Armadas contra cartéis de drogas na América Latina. A medida, revelada por veículos como o New York Times e confirmada por fontes do Pentágono, marca uma escalada sem precedentes na militarização da guerra às drogas.
🎯 Alvos e justificativas
A diretiva presidencial classifica diversos grupos criminosos como “organizações terroristas estrangeiras”, abrindo caminho para operações militares fora do território americano. Entre os principais alvos estão:
- Tren de Aragua (Venezuela)
- Cartel de los Soles (ligado ao governo de Nicolás Maduro)
- Cartel de Sinaloa e MS-13 (México)
A justificativa oficial é a proteção da segurança nacional, especialmente diante da crise de overdoses por fentanil, que matou quase 50 mil pessoas nos EUA em 2024.
⚖️ Legalidade e soberania em xeque
Apesar da ordem, especialistas alertam que ações militares em solo estrangeiro sem autorização do Congresso ou consentimento dos países envolvidos podem ser consideradas ilegais. A presidente do México, Claudia Sheinbaum, já se posicionou: “Não haverá invasão. Os EUA não atuarão militarmente em nosso território”.
Além disso, o uso de força letal contra suspeitos fora de um conflito armado formal pode ser enquadrado como assassinato, segundo juristas ouvidos pela imprensa americana.
🧭 Implicações geopolíticas
A medida é vista por analistas como parte da estratégia eleitoral de Trump, que prometeu “abrir as portas do inferno” contra os cartéis. A classificação de grupos como terroristas também pode ser usada para justificar ações militares em países que não se alinham com os interesses de Washington, como Venezuela e, potencialmente, o Brasil.
Em maio, o governo Trump cogitou incluir o PCC e o Comando Vermelho na lista de organizações terroristas, proposta rejeitada pelo governo brasileiro.
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