Itamaraty se mobiliza contra investigação de Trump: crise diplomática se intensifica

TimeCras
Roberto Farias
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O governo brasileiro está em alerta máximo diante da ofensiva comercial e diplomática liderada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A investigação aberta sob a Seção 301 da Lei de Comércio de 1974 marca um dos momentos mais tensos das relações bilaterais em décadas, com acusações que vão do desmatamento à censura digital, passando por tarifas comerciais e o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro.

🧭 Contexto da investigação

Em julho, Trump anunciou uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros e ordenou a abertura de uma investigação comercial contra o Brasil. O documento oficial mistura alegações econômicas e políticas, incluindo:

  • Supostas práticas comerciais desleais: como tarifas preferenciais, proteção insuficiente à propriedade intelectual e barreiras ao comércio digital.
  • Críticas ao sistema PIX: considerado uma ameaça à competitividade de empresas americanas de pagamentos eletrônicos.
  • Desmatamento ilegal: fazendeiros americanos acusam o Brasil de práticas fraudulentas que favorecem exportadores brasileiros de madeira e etanol.
  • Censura digital: o relatório do Departamento de Estado acusa o ministro Alexandre de Moraes de suprimir o discurso de apoiadores de Bolsonaro, incluindo a suspensão de mais de 100 perfis na rede X (antigo Twitter).

🛡️ Resposta brasileira

O chanceler Mauro Vieira confirmou que o Itamaraty prepara uma defesa robusta, com entrega prevista para 18 de agosto. A estratégia inclui:

  • Consultas formais com o USTR (Escritório do Representante Comercial dos EUA).
  • Assessoria jurídica internacional, com apoio do escritório Baker McKenzie.
  • Reforço da soberania nacional, com o governo brasileiro rejeitando qualquer tentativa de interferência no julgamento de Bolsonaro pelo STF.

🔥 Escalada política

Segundo o Financial Times, Trump teria exigido que o STF suspendesse o julgamento de Bolsonaro — uma demanda considerada “impossível” e que intensifica a crise diplomática. O presidente Lula, por sua vez, tem usado o episódio para reforçar sua imagem de defensor da soberania nacional, enquanto busca apoio internacional junto a líderes do BRICS.

📉 Impactos econômicos e geopolíticos

  • Agronegócio em alerta: setores como soja, madeira e etanol podem sofrer com novas barreiras comerciais.
  • Reação interna: parte do empresariado critica o impacto das ações de Bolsonaro e seu filho Eduardo, que fez lobby nos EUA para sanções contra ministros do STF.
  • Risco de sanções adicionais: além da tarifa de 50%, o Brasil pode enfrentar restrições comerciais e financeiras, dependendo do desfecho da investigação.

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