Trump redobra ofensiva comercial: novas tarifas e cartas surpreendem líderes globais

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Medida entra em vigor em agosto e reacende tensões sobre comércio internacional e geopolítica

A Casa Branca confirmou que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviou uma nova leva de cartas diplomáticas a líderes de dezenas de países, oficializando tarifas de importação entre 20% e 40%, com vigência a partir de 1º de agosto de 2025. O anúncio reacende o debate sobre a política comercial americana e seus reflexos na estabilidade econômica global.

As cartas, redigidas em tom assertivo e padronizado, reforçam a narrativa de que os Estados Unidos estão enfrentando um "desequilíbrio comercial insustentável" e exigem contrapartidas imediatas de países parceiros. Entre os alvos, estão nações asiáticas, africanas, balcânicas e membros do Brics, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Quem foi impactado:

Tarifas entre 25% e 40%:

  • Japão, Coreia do Sul, Malásia, Cazaquistão, África do Sul, Laos, Mianmar, Bósnia e Herzegovina, Tunísia, Indonésia, Bangladesh, Sérvia, Camboja e Tailândia.

Tarifas entre 20% e 30%:

  • Argélia, Brunei, Iraque, Líbia, Moldávia e Filipinas.

Além desses, os países do Brics foram oficialmente notificados sobre uma tarifa de 10%, justificada pela tentativa do grupo de “desdolarizar” o comércio internacional, segundo a carta americana.

O que está por trás da medida:

  • Déficit comercial: Trump afirma que os EUA vêm acumulando prejuízos comerciais bilionários com vários desses países.
  • Monetização da influência: A administração americana quer que parceiros "reconheçam o valor da estabilidade fornecida pelo dólar", e responde com tarifas à movimentação por moedas alternativas, como o yuan e o rublo.
  • Pressão diplomática via carta: A estratégia de enviar cartas individuais recria o modelo usado por Trump em seu primeiro mandato, gerando atrito imediato e repercussão nas mídias locais de países afetados.

Reações internacionais:

O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o direito soberano dos países do Brics de buscar alternativas ao sistema financeiro atual. Em pronunciamento, reafirmou o compromisso com o multilateralismo e condenou o uso de tarifas como instrumento de coerção.

Já autoridades na China, Rússia e África do Sul também criticaram a política tarifária americana, classificando-a como “retrógrada” e “desestabilizadora”.

Impactos possíveis:

  • Redução de exportações de países emergentes para os EUA.
  • Tensão cambial, especialmente em economias que dependem fortemente do comércio exterior.
  • Fortalecimento de alianças comerciais alternativas, como o acordo entre Brics e ASEAN.

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