Em um pronunciamento que ecoa os ventos de mudança na política externa americana, o presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Mike Johnson, sinalizou uma possível inflexão na postura do país diante do conflito entre Ucrânia e Rússia. Para ele, é hora de os EUA deixarem de ser protagonistas na guerra e adotarem uma estratégia mais focada em “restaurar a paz pela força”.
A declaração foi dada em meio a tensões crescentes no Congresso, com o bloqueio de um pacote bilionário de ajuda à Ucrânia — US$ 60 bilhões aguardam aprovação. Johnson, alinhado à ala republicana mais próxima do ex-presidente Donald Trump, defende que os recursos americanos sejam usados com mais cautela e que o foco diplomático se volte à reconstrução da estabilidade geopolítica, mesmo que isso envolva pressões militares.
A fala de Johnson também colocou o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky sob os holofotes. Após uma reunião conflituosa em Washington com Trump e o vice-presidente JD Vance, Zelensky teria sido aconselhado a agir com mais “gratidão” e reconsiderar sua permanência no cargo. O encontro foi cercado de desconfortos diplomáticos e culminou no cancelamento de compromissos do líder ucraniano nos EUA.
Apesar das críticas internas, Johnson reafirmou sua condenação à invasão russa, chamando Vladimir Putin de agressor. No entanto, o tom é de pragmatismo: para ele, a paz deve vir não só pela negociação, mas pela demonstração de força estratégica — um conceito que vem sendo reinterpretado por líderes dos dois lados do conflito.
Enquanto o futuro da Ucrânia segue incerto, a posição americana começa a revelar que o apoio irrestrito pode estar chegando ao fim. E com isso, novas disputas se acendem dentro e fora do território ucraniano.
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