Como a Ucrânia Hackeou e Explodiu o Orgulho Aéreo Russo

Roberto Farias
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No dia 1º de junho de 2025, a Ucrânia lançou a ousada Operação Teia de Aranha, um golpe duplo que uniu ciberataques e drones para atingir o coração da força aérea russa. Planejada por 18 meses pelo Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU), a operação comprometeu a Tupolev, fabricante de bombardeiros estratégicos, e destruiu aeronaves cruciais em cinco bases russas, causando prejuízos bilionários e expondo fragilidades de Moscou.
Ciberataque Devastador
Hackers ucranianos invadiram os sistemas da Tupolev, roubando mais de 4,4 GB de dados sensíveis, incluindo detalhes de manutenção dos bombardeiros Tu-95, Tu-22M3 e Tu-160, peças-chave do arsenal nuclear russo. Esses aviões, muitos fora de produção, são insubstituíveis, e os arquivos vazados — de contratos a currículos de executivos — circularam amplamente online. Em um toque de ironia, o site da Tupolev foi substituído por uma imagem de uma coruja capturando um avião russo, um recado direto ao Kremlin.
Drones em Ação
Simultaneamente, 117 drones FPV, contrabandeados em contêineres de madeira, atacaram bases em Belaya (Sibéria), Dyagilevo, Ivanovo Severny, Olenya (Ártico) e Ukrainka. Lançados remotamente, os drones danificaram ou destruíram 41 aeronaves, incluindo Tu-95, Tu-160 e A-50, com perdas estimadas em US$ 7 bilhões (R$ 40 bilhões). O ataque à base de Belaya, a 4.300 km da Ucrânia, foi um marco de alcance e audácia. Imagens de satélite confirmaram a destruição de pelo menos três Tu-95 e um Tu-22M3.
Golpe Estratégico e Psicológico
As perdas são um duro golpe, já que os bombardeiros são essenciais para ataques contra a Ucrânia e demonstrações globais de poder. Com produção limitada ou inexistente, a Rússia enfrenta dificuldades para repor o prejuízo. A destruição de A-50s, raros e vitais para operações aéreas, amplifica o impacto. Além disso, a operação expôs falhas nas defesas russas, forçando revisões custosas e minando a confiança em sua segurança.
Jogada de Mestre
Lançada às vésperas de negociações em Istambul, a operação reforça a posição da Ucrânia, desafiando narrativas de fraqueza. Zelensky celebrou o sucesso, destacando a retirada segura de todos os envolvidos. A Rússia, embora admita danos, tenta minimizar o impacto, enquanto críticas internas apontam falhas em sua defesa aérea.
Um Novo Paradigma de Guerra
A Teia de Aranha combina ciberataques e drones baratos para resultados devastadores, servindo de lição para potências globais. A Ucrânia prova que inteligência e inovação podem superar limitações, redefinindo a guerra moderna.

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