Desde o início de maio de 2025, Israel ampliou sua ofensiva militar na Faixa de Gaza, intensificando ataques aéreos e operações terrestres contra o Hamas. A ação, denominada "Carruagens de Gideão", visa eliminar a presença do grupo e garantir a libertação de reféns, mas tem sido amplamente criticada devido ao seu impacto humanitário devastador. Mais de 53.000 palestinos foram mortos desde outubro de 2023, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, com ataques recentes aumentando significativamente o número de vítimas em poucos dias.
Além da violência do conflito, Gaza enfrenta um bloqueio rigoroso à ajuda humanitária desde março, levando 2,3 milhões de habitantes à beira da fome. Após pressão internacional, Israel permitiu a entrada de quantidades limitadas de suprimentos, mas especialistas apontam que a ajuda ainda é insuficiente para aliviar a crise.
A resposta de aliados históricos de Israel tem sido contundente. Reino Unido, França e Canadá denunciaram a ofensiva como desproporcional e ameaçaram implementar sanções caso as ações militares não sejam reduzidas. A União Europeia também discute mudanças nas relações comerciais com Israel, enquanto os Estados Unidos, embora apoiem o governo israelense, demonstram frustração com os desdobramentos da guerra. A recente viagem de Trump ao Oriente Médio, sem incluir Israel, sinaliza uma possível mudança estratégica.
Internamente, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu enfrenta desafios políticos, com ministros de extrema direita defendendo ações ainda mais agressivas contra Gaza. Entretanto, pesquisas indicam que a maioria da população israelense apoia um cessar-fogo para garantir a libertação de reféns.
Enquanto as negociações de trégua em Doha seguem sem avanços concretos, Israel insiste que não aceitará uma retirada permanente ou um cessar-fogo definitivo. O Tribunal Penal Internacional avalia alegações de crimes de guerra, e a crescente pressão global pode levar Israel ao isolamento diplomático.
O futuro do conflito dependerá da capacidade de Israel equilibrar seus objetivos militares com obrigações humanitárias. Sem concessões significativas, a ofensiva pode comprometer ainda mais suas relações internacionais e aumentar a crise humanitária na região.
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