A empresa Master Tecnologia e Sistemas Ltda., investigada nas operações Miquéias e Elementar da Polícia Federal, recebeu pelo menos R$ 2 milhões do Governo do Distrito Federal (GDF) nos últimos anos. Embora especializada em informática, a Master firmou contratos relacionados a obras de urbanização, construção e reformas de quadras esportivas e parquinhos nas administrações regionais do DF.
A empresa, participante do Programa Minha Casa, Minha Vida, é citada em relatórios da PF como suspeita de lavagem de dinheiro. O sócio, Mozart Medeiros Filho, é investigado por suposta participação em um esquema que desviou R$ 300 milhões de instituições financeiras e fundos de pensão. Os líderes do grupo incluem o doleiro Fayed Antoine Traboulsi e o ex-policial civil Marcelo Toledo Watson.
Os contratos com o GDF foram realizados por carta-convite, com dispensa de licitação para valores até R$ 150 mil, como no caso de uma obra em Samambaia, orçada em R$ 144.275,81. Além de Samambaia, há registros de contratos com administrações do Cruzeiro, Riacho Fundo 1 e 2, Octogonal, Paranoá e Gama. Em 2012, a empresa recebeu R$ 547.780, conforme dados do Portal da Transparência.
O governo anunciou que investigará todos os contratos vigentes entre a Master e as administrações regionais. Caso sejam identificadas irregularidades, providências cabíveis serão tomadas.
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