Investigação da CGAU Apura Conduta de Procurador Ligado a Organização Criminosa

Roberto Farias
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A Corregedoria-Geral da Advocacia da União (CGAU) iniciou uma investigação para apurar a conduta do procurador da Fazenda Nacional Manoel Felipe Rego Brandão, apontado pela Polícia Federal como lobista de uma quadrilha que operava no Distrito Federal e em oito estados. De acordo com relatório da PF, Brandão, conhecido como Prego, atuava como intermediador de contratos entre políticos e membros do grupo criminoso. Ele pode ser indiciado por associação criminosa e tráfico de influência, e o procedimento de investigação pode levar à sua demissão.

Brandão, que ocupou o mais alto cargo na Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) entre 2003 e 2006, está licenciado desde 2006 para tratar de "assuntos particulares", em período irregular segundo as leis do funcionalismo público. A última prorrogação de sua licença foi autorizada pelo então ministro da Fazenda, Guido Mantega, há um ano.

A CGAU declarou que "instaurou procedimento preliminar visando promover averiguação dos fatos" e solicitou à PF provas relacionadas a Brandão. A investigação também revelou seus vínculos com a modelo Luciane Hoepers, considerada uma "pastinha" pela PF, por aliciar prefeitos para o esquema. Luciane, aos 33 anos, foi presa na semana passada e tem ligações com o doleiro Fayed Traboulsi, apontado como líder da organização criminosa.

Brandão também tem vínculos com a lobista Alline Teixeira Olivier, advogada e empresária ligada diretamente ao doleiro. O caso segue sendo investigado, e a PGFN mantém seu papel de representação da União em questões fiscais e cobrança de créditos tributários.

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