Tragédia em Cristalina: Atropelamento Fatal Marca Protesto de 2013

Roberto Farias
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Em 24 de junho de 2013, um trágico incidente marcou a cidade de Cristalina, Goiás, durante uma manifestação na BR-251, km 30. Cerca de 400 moradores do bairro Marajó bloqueavam a rodovia, cobrando a regularização de lotes e melhorias em saúde, segurança, transporte e infraestrutura. Em meio ao protesto, com pneus queimando na pista, um Fiat Uno, conduzido por Carlos Baromeu Dias, avançou em alta velocidade, estimada em 140 km/h, contra o grupo. O veículo atingiu duas mulheres: Valdinete Rodrigues Pereira, de 40 anos, e Maria Aparecida, por volta de 50 anos, que morreram na hora.
Após o impacto, Carlos, morador de Brasília e funcionário de um sindicato, parou brevemente, mas fugiu sem prestar socorro. Indignados, manifestantes incendiaram o carro abandonado. No dia seguinte, 25 de junho, ele se apresentou à polícia em Unaí, Minas Gerais, acompanhado de um advogado. Como o prazo para prisão em flagrante havia passado e ele era réu primário com endereço fixo, foi ouvido e liberado. O delegado Vítor Oliveira Magalhães, de Cristalina, abriu um inquérito e considerou pedir a prisão temporária, mas não há registros claros sobre o desfecho judicial.
Na manhã do dia 25, a BR-251 foi novamente bloqueada por manifestantes, que exigiam a presença do prefeito e a emancipação do distrito de Campos Lindos, gerando congestionamentos. O caso, inserido na onda de protestos de junho de 2013 no Brasil, reflete as tensões de um período de intensas mobilizações populares e deixa um alerta sobre a segurança em manifestações.

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