Jovem Denuncia Agressão Homofóbica em Boate de Balneário Camboriú

Roberto Farias
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Jovem Denuncia Agressão Homofóbica em Boate de Balneário Camboriú
Um caso de violência chocou Balneário Camboriú na madrugada do último sábado (6), quando André Barbosa, um jovem de 22 anos, alega ter sido agredido por seguranças da boate 2ME, do Grupo Green Valley, após beijar outro rapaz durante a comemoração do aniversário de um amigo. O episódio, que deixou André com o nariz quebrado e escoriações no rosto, levanta sérias questões sobre homofobia e segurança em espaços de entretenimento.
Segundo André, por volta das 1h30, ele voltava do banheiro quando foi abordado por um rapaz. Após uma breve conversa, os dois se beijaram. Mais tarde, ao se despedir do mesmo jovem com outro beijo, André foi confrontado por um chefe de segurança. “Com uma cotovelada no peito, ele me disse: ‘Não quero ver você beijando mais aqui dentro’”, relata. Surpreso, André questionou o que havia de errado, mas a situação escalou rapidamente. Amigos do jovem, revoltados, acusaram o segurança de homofobia, o que gerou um tumulto. “Um segurança bem maior do que eu, que tenho 1,67 m e 54 kg, me pegou pelo pescoço e me arrastou para fora da boate”, conta André.
De acordo com a Polícia Militar, os seguranças alegam que André e seu grupo estavam causando confusão dentro da casa noturna e que, ao ser convidado a se retirar, ele teria jogado uma garrafa contra um deles. André nega veementemente: “Não agredi ninguém, nem verbalmente nem fisicamente. Fui levado à força para a porta, onde dois seguranças começaram a me agredir. Só pararam quando meus amigos chegaram.”
A boate 2ME, negou que a agressão tenha relação com a orientação sexual de André. Segundo a assessoria, o incidente foi causado por “conduta inapropriada” do grupo, que teria promovido “agitação, empurra-empurra e incômodo” a outros clientes. A nota afirma que um segurança levou uma garrafada na boca e que outro cliente do grupo se recusou a pagar a conta, o que teria levado à abordagem. A casa ainda destaca que o segurança envolvido na agressão não estava presente no momento do beijo, sugerindo que o caso não teve motivação homofóbica. A 2ME anunciou o afastamento dos seguranças envolvidos e a abertura de uma auditoria interna para apurar os fatos.
Os dois seguranças foram detidos pela Polícia Militar, prestaram depoimento, assinaram um termo circunstanciado e foram liberados. O caso foi encaminhado à Polícia Civil de Balneário Camboriú, que segue com a investigação para esclarecer as circunstâncias e responsabilidades.
O relato de André expõe a gravidade de episódios de violência em espaços que deveriam ser de diversão e inclusão. “Fui humilhado e agredido por ser quem sou. Isso não pode ficar impune”, desabafa. O caso reforça a importância de combater a homofobia e garantir que todos, independentemente de orientação sexual, possam se sentir seguros. A investigação policial será crucial para determinar se a agressão teve motivação discriminatória e para assegurar justiça às vítimas.

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