Tragédia no Belém: Estudante de 19 Anos é Assassinado em Assalto em São Paulo

Roberto Farias
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Na noite de 9 de maio, o bairro do Belém, na Zona Leste de São Paulo, foi marcado por uma tragédia que chocou a comunidade. Vitor Hugo Deppman, um estudante de Rádio e TV de 19 anos, foi morto com um tiro na cabeça em frente ao prédio onde morava, na Rua Fernandes Vieira, durante um assalto. O crime, ocorrido por volta das 21h, expôs mais uma vez a brutalidade da violência urbana e deixou familiares e amigos em luto.
Vitor, aluno do terceiro ano da Faculdade Cásper Líbero e estagiário em uma rádio e na RedeTV!, retornava do trabalho quando foi abordado por um criminoso. Segundo a polícia, o assaltante exigiu sua mochila. Sem reagir, mas com uma breve hesitação para entender a situação, o jovem entregou o celular. Ao tentar tirar a mochila, foi baleado. “Ele entregou tudo sem resistência. O bandido puxou a mochila e atirou. A vida do meu sobrinho valeu um celular. É revoltante”, desabafou Demerval Riello, tio de Vitor.
Testemunhas relataram que o criminoso fugiu correndo, possivelmente com um comparsa em uma moto. O porteiro do prédio encontrou Vitor caído, envolto em sangue. Apesar do atendimento rápido do Samu, o jovem sofreu paradas cardíacas e faleceu no hospital. Câmeras de segurança capturaram o momento do crime, fornecendo pistas cruciais para a investigação.
Vitor era conhecido por sua alegria e dedicação. Torcedor do Santos, apaixonado por futebol e querido por todos, ele passava longas horas entre a faculdade e os estágios, mas, naquela noite, chegou mais cedo em casa, o que deixou sua família ainda mais abalada. “Falei com ele minutos antes, no metrô. Ele estava sorrindo, como sempre”, contou a mãe, Marisa, com a voz embargada.
O caso, registrado como latrocínio no 81º DP (Belém), está sob investigação. Um adolescente de 17 anos se entregou à Fundação Casa, confessando o crime. Com passagens anteriores por roubo, ele responderá como menor, já que completaria 18 anos dias depois. A polícia analisa imagens para confirmar sua participação e busca possíveis cúmplices.
A morte de Vitor gerou revolta e mobilização. Cerca de 300 colegas da Cásper Líbero protestaram na Avenida Paulista, clamando por justiça e segurança. Moradores do Belém também se manifestaram, exigindo medidas contra a violência. O caso reacendeu o debate sobre a maioridade penal, com críticas à impunidade de menores infratores. “A lei protege quem mata. Isso precisa mudar”, afirmou o tio de Vitor.
Enquanto a família chora a perda de um jovem cheio de sonhos, a cidade se pergunta como evitar novas tragédias. “Vitor era nosso orgulho. Perder ele assim é uma dor que não explica”, disse o pai, José Valdir. A investigação segue, mas a sensação de insegurança permanece. Até quando vidas serão ceifadas por tão pouco?

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