Na sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012, ao menos 25 pessoas morreram em ataques a bomba próximos a instalações militares em Aleppo, a segunda maior cidade da Síria, conhecida por sua atividade comercial e relativa estabilidade em meio ao conflito iniciado em março de 2011. A autoria dos atentados permanece incerta, com acusações cruzadas entre governo e oposição.
O coronel Aref al-Hamoud, líder do Exército Livre da Síria (ELS), grupo opositor formado por dissidentes do regime, reivindicou a ação em entrevista ao Serviço Árabe da BBC, descrevendo-a como um ataque militar com foguetes e bombas que destruiu partes de uma base militar e matou soldados. No entanto, outro porta-voz do ELS, coronel Mahir Nouaimi, afirmou à agência France Presse que o ataque foi orquestrado pelo próprio governo sírio para desviar a atenção dos intensos combates em Homs.
A televisão estatal síria atribuiu a ação a “terroristas armados”, relatando mortes de civis e militares. Aleppo, até então com poucos registros de violência, foi pega de surpresa, destacando a escalada do conflito. Ativistas de direitos humanos estimam que mais de 7 mil civis já morreram desde o início das manifestações antigoverno.
Enquanto isso, Homs, epicentro da resistência, enfrenta uma ofensiva brutal das forças leais ao presidente Bashar al-Assad. Moradores relatam avanço de tanques em bairros opositores e bombardeios intermitentes, com mais de 400 mortes desde o início da operação, em 4 de fevereiro. A oposição convocou protestos para denunciar o veto da Rússia e China a uma resolução da ONU contra o regime, enquanto o vice-chanceler russo, Sergei Rvabkov, culpou a oposição por recusar diálogo, responsabilizando-a pelas mortes.
Os ataques em Aleppo e a violência em Homs evidenciam a polarização e o agravamento da guerra civil síria, com consequências devastadoras para a população. Para mais análises sobre conflitos globais.
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