Na segunda-feira, 19 de dezembro de 2011, a Polícia Federal deflagrou a Operação Perfídia, resultando na prisão de Márcia de Fátima Pereira e Silva Vieira, servidora cedida ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 10ª Região, em Brasília, suspeita de desviar cerca de R$ 7 milhões de indenizações judiciais. A ação também cumpriu mandados de prisão temporária contra três familiares da acusada — seu marido, mãe e irmão — além de ordens de busca, apreensão e sequestro de bens relacionados ao esquema criminoso.
Márcia, cedida ao TRT desde 2002 pela Prefeitura de Luziânia (GO), é acusada de peculato, crime que prevê até 12 anos de prisão por apropriação de recursos públicos por servidores. Ela utilizava ofícios judiciais falsificados para ordenar transferências de valores depositados em contas judiciais no Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal para contas pessoais e de familiares. As investigações indicam que os desvios, iniciados em 2006, podem superar os R$ 7 milhões inicialmente estimados, devido ao seu amplo acesso às movimentações bancárias do tribunal.
A Justiça determinou o bloqueio de R$ 3 milhões nas contas de cada envolvido identificado. Márcia foi detida na carceragem da Polícia Federal e seria transferida para o Presídio Feminino Colmeia, no Gama. Um processo administrativo no TRT apura o caso, mas a decisão sobre sua exoneração depende da Prefeitura de Luziânia. Uma coletiva de imprensa foi marcada para as 14h na sede da Polícia Federal para esclarecimentos adicionais.
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