Crime Brutal Choca Macaúbas em 2011: Pai e Cúmplice Presos por Assassinato de Menino de 9 Anos

Roberto Farias
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Em novembro de 2011, a cidade de Macaúbas, localizada a 682 quilômetros de Salvador, Bahia, foi abalada por um crime hediondo que chocou a população. Dois homens, Zenilton Silva Costa, de 35 anos, e Wilton Santos, de 18 anos, foram presos acusados do assassinato de Samuel Jesus Costa, um menino de 9 anos, filho de Zenilton. O corpo da criança foi encontrado na sexta-feira, 18 de novembro, morto por asfixia no povoado de Curralinho, zona rural do município.
Segundo a investigação conduzida pelo delegado Genivaldo Rodrigues, Zenilton, pai do menino, teria contratado Wilton por R$ 1 mil para executar o assassinato, motivado pelo desejo de se livrar da obrigação de pagar uma pensão alimentícia de R$ 40 mensais e custear exames médicos para o filho, fruto de uma relação extraconjugal. Wilton, identificado por outra criança que testemunhou o crime, confessou ter asfixiado Samuel com um cadarço e colocado um saco plástico em sua cabeça após atraí-lo com R$ 7, oferecidos para pegar mangas. O corpo foi abandonado em um matagal a 500 metros do povoado e encontrado em estado de decomposição.
Apesar de Zenilton negar envolvimento, o delegado afirmou não haver dúvidas sobre sua participação, corroborada pela confissão de Wilton e outras evidências. A frieza do jovem assassino chocou as autoridades: “Ele não demonstrou nenhum arrependimento. Foi muito frio e calculista”, relatou Valdemar de Oliveira Junior, chefe de cartório da delegacia.
A revolta da comunidade foi imediata. Cerca de 300 pessoas tentaram invadir a delegacia de Macaúbas para linchar os acusados, obrigando a Polícia Militar a pedir reforços e transferir Zenilton e Wilton para outra cidade por segurança. A mãe de Samuel, devastada, foi ouvida pela polícia na segunda-feira, 21 de novembro, junto com outros familiares.
O caso, que ganhou destaque pela crueldade e pelo motivo torpe, foi acompanhado pelo Ministério Público. Em 2015, Wilton (identificado em alguns registros como Uilton de Jesus Santos) foi condenado a 20 anos e seis meses de prisão por homicídio qualificado, cometido por promessa de recompensa, traição, asfixia e com ocultação de cadáver, conforme decisão do Tribunal do Júri de Macaúbas. A acusação foi conduzida pela promotora Rita de Cássia Pires Bezerra Cavalcanti.
Este crime expôs a vulnerabilidade de crianças em contextos de conflitos familiares e a necessidade de maior proteção social. A tragédia de Samuel permanece como um lembrete sombrio das consequências de motivações egoístas e da falência moral.

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