Em 2011, a saúde do então presidente venezuelano Hugo Chávez tornou-se um tema de grande debate e especulação. Três médicos responsáveis por seu tratamento negaram publicamente que ele teria apenas dois anos de vida, contestando declarações feitas pelo médico Salvador Navarrete, que havia afirmado que Chávez sofria de um câncer agressivo.
Navarrete, que posteriormente deixou a Venezuela alegando preocupações com sua segurança, declarou à revista mexicana Milénio que Chávez teria um sarcoma na região pélvica. No entanto, membros da equipe médica do presidente refutaram essa afirmação, alegando que Navarrete não tinha acesso ao histórico médico de Chávez e que seu contato com o líder venezuelano havia sido mínimo, há mais de dez anos.
Apesar das especulações, Chávez afirmou em um pronunciamento oficial que estava livre de células cancerígenas, após passar por quatro ciclos de quimioterapia em Cuba. O sigilo em torno de seu tratamento alimentou dúvidas sobre seu real estado de saúde, especialmente após relatos de que ele teria sido hospitalizado devido a falência renal, o que foi negado pelo próprio presidente.
Aos 57 anos, e no poder desde 1999, Chávez insistia que se recuperaria a tempo de disputar a reeleição em 2012. Médicos alertavam que pacientes com câncer devem esperar pelo menos dois anos após o tratamento para serem considerados fora de perigo, o que tornava sua recuperação um tema de grande interesse político e social.
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