Uma noite de violência chocou o bairro Boa Esperança, em Cuiabá, na quinta-feira (22), quando Toni Bernardo da Silva, estudante de economia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), foi brutalmente espancado e faleceu em uma pizzaria. A Polícia Civil aponta como suspeitos dois policiais militares, ambos de 24 anos, e um empresário de 27 anos, filho de um delegado aposentado, acusados de agredir o jovem até a morte.
De acordo com a Polícia Civil, Toni chegou ao local por volta das 23h e começou a solicitar dinheiro aos clientes. Ao esbarrar em uma mulher em uma das mesas, ele foi arrastado para fora do estabelecimento pelo namorado dela, o empresário, e pelos dois PMs à paisana, que o atacaram com socos e chutes. Uma vizinha do local tentou interromper a agressão, mas sem sucesso. Não houve tempo para socorro, e o estudante faleceu ali mesmo.
Os três suspeitos foram presos em flagrante e enfrentarão a Justiça por homicídio. Na manhã de sexta-feira (23), depuseram na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), com a presença de um representante da Corregedoria da Polícia Militar, alegando que apenas tentaram imobilizar o jovem. O corpo de Toni, encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), revelou, em análise inicial, morte por asfixia decorrente de uma lesão na traqueia. Exames toxicológicos e de alcoolemia estão em curso para apurar a suspeita de embriaguez.
Natural de Guiné-Bissau, na costa oeste da África, Toni vivia em Cuiabá há sete anos, participando de um intercâmbio com outros estudantes guinenses na UFMT. A Assessoria de Relações Internacionais da universidade ainda deve se pronunciar. A Polícia Militar anunciou que conduzirá uma investigação administrativa para avaliar a conduta dos dois PMs envolvidos.
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