Polêmica em Taguatinga: Policial Mata Rottweiler e Caso Gera Comoção e Investigação

Roberto Farias
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Na noite de 28 de agosto de 2011, um filhote de rottweiler de cinco meses foi morto por um disparo na cabeça feito por um policial militar em Taguatinga, Distrito Federal, desencadeando uma onda de indignação e um embate de versões. O dono do cão, Willian Campos, relata que estava conversando em uma praça quando uma viatura se aproximou. Segundo ele, um policial exigiu o uso de focinheira no animal, mas Campos argumentou que o filhote não representava perigo. Em resposta, o policial teria ameaçado matar o cachorro caso não deixassem o local. “Eles disseram que, se me vissem com ele na rua novamente, atirariam e que não teriam problema em me pegar também”, afirmou Campos.
De acordo com o dono, após questionar a ameaça, o policial desceu da viatura e atirou no cão, que apenas latiu. Transtornado, Campos diz que chorou e xingou os policiais, sendo levado à delegacia por desacato. “Eu tratava o cachorro como um filho. Disse a eles que mataram não só meu animal, mas meu filho”, desabafou. No entanto, o boletim de ocorrência apresenta outra versão: o delegado Josué Silva informou que Campos teria feito um “teatro”, alegando ameaça de prisão. Segundo o relato policial, o cão latiu e avançou, justificando o disparo.
Diante das contradições, a Polícia Civil busca testemunhas imparciais para esclarecer se houve excesso por parte do policial ou se o animal realmente representava risco. A Polícia Militar, em nota, destacou que está apurando o caso por meio de um procedimento interno e que os responsáveis podem ser punidos, se necessário. A corporação também lembrou que a lei exige o uso de focinheira e enforcadeira para cães de raças agressivas ou sem raça definida em locais públicos, responsabilizando o dono por incidentes decorrentes da falta desses equipamentos.
Anunciada em 6 de setembro de 2011, a investigação da PM busca esclarecer os fatos e responder à comoção gerada pela morte do filhote, que levantou debates sobre o uso de força policial e a proteção animal.

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