Em Pindobaçu, cidade de cerca de 20 mil habitantes a 400 km de Salvador, uma denúncia de roubo revelou uma trama inusitada. Uma mulher procurou a delegacia local em 24 de junho de 2014, alegando que um homem havia roubado R$ 1 mil dela. Ao investigar, a polícia descobriu que o suspeito foi contratado pela mulher para assassinar outra pessoa, mas, em vez de cometer o crime, ele armou uma encenação com a suposta vítima, usando molho de ketchup e uma faca para simular a morte.
O homem, que afirmou estar desempregado e precisando de dinheiro, mudou de ideia ao reconhecer a vítima como uma conhecida. Juntos, eles forjaram a cena do crime: levaram a mulher a um matagal, amarraram seus braços e pernas, amordaçaram-na e colocaram uma faca entre seu braço e peito, com ketchup simulando sangue. Uma foto da encenação foi entregue à mandante como prova, e o homem recebeu o pagamento. A farsa veio à tona quando a mandante viu a “vítima” viva, aos beijos com o suposto assassino, na feira da cidade, dias após o ocorrido.
Segundo o delegado Marconi Almino de Lima, os três envolvidos respondem a processos judiciais. A mandante é acusada por encomendar o crime, o homem por extorsão, e a suposta vítima por cumplicidade na trama. Ninguém foi preso. A história, divulgada pela polícia na semana do ocorrido, ganhou repercussão em Pindobaçu, sendo comentada com humor pelos moradores devido à criatividade do plano. Uma funcionária da prefeitura relatou que o caso ainda é assunto nas ruas, destacando o “teatro bem montado” do casal.
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