Interceptações telefônicas expuseram, em 2011, o prefeito de Campinas, Dr. Hélio (PDT), negociando com o publicitário João Santana, responsável pelas campanhas presidenciais do PT em 2006 e 2010, uma tentativa de influenciar a presidente Dilma Rousseff em favor da Huawei, empresa chinesa líder em tecnologia 3G, banda larga e infraestrutura de redes. Em uma ligação de 2 de abril, Dr. Hélio destacou que a Huawei, importante contribuinte de ISS em Campinas, planejava investir US$ 350 milhões no Brasil e o convidou para um evento de anúncio durante a visita de Dilma à China. Santana sugeriu exibir o showroom da empresa no hotel onde a presidente ficaria hospedada, prometendo consultar Dilma sobre o assunto.
A conversa ocorreu às vésperas da viagem oficial de Dilma à China, em abril de 2011, acompanhada por Dr. Hélio e sua esposa, Rosely Nassim, que era investigada por fraudes em licitações. Durante a visita, Dilma se reuniu com o CEO da Huawei, Ren Zhengfei, e a empresa anunciou um investimento de US$ 300 milhões em um centro de pesquisa em Campinas. O caso, revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo, gerou suspeitas de tráfico de influência, levando o PSDB a pedir investigação ao Ministério Público Federal. A assessoria de Dr. Hélio negou irregularidades, e a Huawei afirmou que seguiu protocolos oficiais para agendar o encontro. As interceptações, realizadas em meio a investigações sobre corrupção na prefeitura, intensificaram a crise política em Campinas.
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