Por volta das 11h desta quinta-feira (26/5), a primeira equipe de mergulhadores adentrou as águas do Lago Paranoá com a missão de fixar globos de ar à embarcação "Imagination", que naufragou no último domingo (23/5). O objetivo é elevar o barco, proporcionando flutuação suficiente para sua remoção, embora a duração do procedimento dependa das condições e da reação do naufrágio.
A operação conta com a participação de 60 mergulhadores que atuam em uma área isolada com um raio de 300 metros. Eles estão organizados em grupos: um se encarrega de amarrar os balões e o cabo que rebocará a embarcação; outro está responsável pela segurança; e uma terceira equipe, a bordo, cuida do controle da operação.
Inicialmente, serão fixados dois globos – que, uma vez inflados com ar de cilindros, oferecem até duas toneladas de poder de flutuação – na parte dianteira do barco. Em seguida, dois outros balões, com capacidade para uma tonelada, serão posicionados na parte central. Por fim, assim que o barco se inclinar, a equipe instalará dois demais balões na parte inferior, para assegurar que o navio ascenda de maneira controlada, mantendo uma posição navegável dentro da água. Um rebocador particular já foi disponibilizado para transportar a embarcação até a margem.
O delegado fluvial do Distrito Federal, Rogério Leite, apontou que dois locais estão sendo avaliados para receber o barco, um próximo à Ascade e outro ao lado do Clube da Marinha, onde o perímetro será isolado para que peritos possam realizar as investigações necessárias sem interferências.
Cabe lembrar que a "Imagination" naufragou no último domingo, quando o acidente resultou no resgate de pelo menos 94 pessoas, e tragicamente, na morte de nove vítimas – entre elas um bebê de sete meses, que não sobreviveu durante o traslado para o hospital. Esse episódio trágico relembra a complexidade e os riscos envolvidos em operações de resgate e remoção de embarcações em ambientes aquáticos.
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