O Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, tornou-se o epicentro de uma operação policial de grande escala. Informações da polícia indicavam que cerca de 500 traficantes, ligados à facção Comando Vermelho, estavam encurralados nas favelas da região, aguardando instruções de seus líderes para decidir entre se render ou enfrentar as forças de segurança. Diante da escalada de violência, que incluiu ataques coordenados com queima de veículos pela cidade, as autoridades emitiram um alerta claro: os criminosos deveriam erguer suas armas e se entregar imediatamente, ou enfrentariam uma invasão iminente do Complexo, liderada por um contingente robusto de agentes do BOPE, Polícia Militar, Polícia Civil e apoio das Forças Armadas.
A operação, que culminou na ocupação do Complexo do Alemão e da Vila Cruzeiro no dia 28 de novembro, foi marcada por intensa preparação, com blindados, helicópteros e cerca de 2.700 policiais mobilizados. Apesar da expectativa de resistência, muitos traficantes optaram por fugir por rotas improvisadas, como redes de esgoto e áreas de mata, deixando para trás toneladas de drogas, armas e veículos roubados. A ação foi celebrada como um marco no combate ao crime organizado, mas também gerou críticas de organizações de direitos humanos, que apontaram abusos policiais, como saques e violações durante as buscas. O episódio destacou tanto os desafios de segurança pública no Rio quanto a necessidade de abordagens que equilibrem repressão e proteção aos direitos dos moradores.
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