Em 23 de setembro de 2008, um massacre chocou a pequena cidade de Kauhajoki, na Finlândia, quando Matti Juhani Saari, de 22 anos, invadiu uma escola profissionalizante, matou 10 pessoas — nove alunos e um professor, sendo oito mulheres e dois homens — e depois se suicidou. Saari disparou contra colegas que faziam uma prova escrita e incendiou o local, dificultando a identificação das vítimas, gravemente queimadas, que foram levadas para necropsia em Helsinque. A polícia, liderada por Jari Neulaniemi, confirmou que a identificação levaria dias.
A tragédia expôs falhas na segurança pública: Saari havia sido interrogado pela polícia na véspera, após postar vídeos no YouTube anunciando suas intenções homicidas, mas foi liberado. Nos vídeos, ele aparecia atirando com uma pistola Walther P22 em uma floresta, sob o perfil "Wumpscut86", que listava hobbies como armas, sexo, cerveja e filmes de terror, como O Iluminado. Ele citava bandas como Rammstein e Wumpscut, cuja música "War" refletia sua visão sombria: "toda a vida é guerra". O perfil foi bloqueado após o ataque.
A Finlândia, terceiro país com mais armas por habitante (atrás dos EUA e do Iêmen), abriu uma investigação sobre possível negligência policial e anunciou uma revisão na legislação de armas. O primeiro-ministro Matti Vanhanen defendeu restringir o porte de pistolas por civis, menos de um ano após outro massacre escolar em Tuusula, onde um jovem de 18 anos matou oito pessoas e se suicidou. Enquanto isso, no Brasil de 2008, a violência urbana no Rio de Janeiro, com assaltos a vans e a guerra do tráfico, e eventos como o acidente de Flaviana Barbosa em uma rodovia, refletiam um cenário global de insegurança e violência.
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